“Quem for pequeno venha a mim” (Pr.9,4)
Na Sagrada Escritura este provérbio refere-se à Sabedoria de Deus, mas caberia perfeitamente se colocado nos lábios de Maria, a Mãe de Jesus, uma vez que Maria escolheu dizer o sim a Deus apequenando-se desta forma: “Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Lc.1,38).
Maria fazia parte da grande multidão dos pequeninos, dos humildes, dos anônimos, sem títulos e honras, em hebraico chamados anawin.
Deste número dos pequeninos, podem fazer parte também os sábios deste mundo, os ricos de bens materiais e até mesmo os poderosos , sob uma condição fundamental: comprar como se não possuísse (1Co.7,30), ter riquezas sem nelas confiar, não importando o que somos ou temos diante dos homens, mas o que verdadeiramente somos diante de Deus. Esta é a condição de um anawin, de um pequeno : ter um coração de pobre, reconhecer que tudo o que recebemos vem de Deus e que em tudo Dele dependemos.
Maria, a mestra da oração, inaugura assim para nós, o modelo de oração que cumpre o ensino de Jesus: “nas vossas orações não multipliqueis as palavras (Mt.6,7a), ensinando-nos que poder e eficácia da oração não estão no tanto que falamos, repetimos ou buscamos em fórmulas infalíveis, mas estão sim no coração simples e humilde de um pobre de Deus!
A exemplo de Maria encorajemo-nos a apresentar a Jesus, com a nossa pequenez, nossos grandes dramas: o casamento já sem alegria, os filhos desgarrados, os vícios e as tentações a serem vencidos, as lutas a serem ganhas, as más tendências e inclinações do coração a serem purificadas,os fracassos a serem transformados, pois das talhas de água que sequer servia para ser bebida, surgiu abundantemente o vinho novo!! O milagre se fez pela intercessão em que Maria apresentou a necessidade dos pequenos a Jesus que de Sua grandeza a eles falou: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo. 2,5).
A ti, ó Maria, anawin de Deus e Mãe dos pequeninos, consagramos nosso coração neste início de semana na convicção de fé de sempre em teus braços encontrarmos o amparo na hora em que o vinho faltar e de teus lábios ouvir sempre a nos dizer: “quem for pequeno venha a mim”!
Nossa senhora, rogai por nós!
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